Nesta quarta-feira, 28 de maio, o Departamento do Memorial Sérgio da Costa Franco, da Associação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (AMP/RS), publicou mais uma edição da série que resgata homenagens prestadas a promotores e procuradores de Justiça com trajetórias marcantes no Ministério Público e em outras áreas, como literatura, nativismo, esportes e ações sociais.

O destaque desta edição é o Ginásio Poliesportivo Paulo Roberto Pereira Angeli, localizado na Sede Campestre da AMP/RS. O espaço é amplamente utilizado por associados para a prática de atividades esportivas, além de sediar eventos sociais. Durante as enchentes que atingiram o estado em 2024, o local foi transformado em abrigo para servidores do Ministério Público que ficaram desalojados em decorrência da situação de calamidade pública no Rio Grande do Sul. 

Com o apoio e colaboração dos associados, a série do Memorial é publicada periodicamente, com o objetivo de preservar a memória institucional e valorizar o legado daqueles que marcaram a história do Ministério Público do Rio Grande do Sul.

PAULO ROBERTO PEREIRA ANGELI

Com a colaboração de Carmen Rejane Angeli, viúva do homenageado, o Memorial Sergio da Costa Franco publica a sua biografia.

“Paulo Angeli nasceu no Rio de Janeiro em 04 de maio de 1946. Era o segundo dos seis filhos de Abilio e Ivette Angeli. O pai, natural de Caxias do Sul, era médico ortopedista. A mãe, de Rio Real, na Bahia, era funcionária pública. Com o regresso da família ao RS, na década de 1950, Paulo estudou no Colégio Anchieta, em Porto Alegre. Paralelamente, desenvolveu vitoriosa trajetória como nadador tanto no Grêmio Náutico Gaúcho como no Grêmio Náutico União, sagrando-se campeão estadual em diferentes modalidades. Alcançou projeção nacional e continental, com participações em torneios por todo o País e pela América do Sul.

Ao encerrar a trajetória como atleta, Paulo ingressou na Faculdade de Direito da UFRGS, tendo colado grau no ano de 1971. Como Promotor de Justiça, passou pelas Comarcas de Gaurama, Bagé, Estrela e Canoas, antes de transferir-se definitivamente a Porto Alegre.

Casou-se em 1972 com Carmem Rejane, jornalista, e teve três filhos: Roberto, Ricardo e Renato. Faleceu precocemente em 1995, aos 49 anos. Infelizmente não conheceu seus quatro netos: Roberta, Helena, Cecília e Antônio”.

Participou do XXI Concurso de ingresso à carreira do Ministério Público, em dezembro de 1973, que se distinguiu por duas novidades: a inclusão na banca de um professor universitário estranho aos quadros do MP, o Professor José Frederico Marques, examinador de Direito Processual Penal; e a introdução da matéria de Realidade Brasileira, destinada a exigir dos candidatos conhecimentos extrajurídicos essenciais à sua participação na vida comunitária.

Foi eleito para integrar a lista tríplice para escolha do Corregedor-Geral do Ministério Público (período 93-95), junto com os colegas Cezar Antônio Rigoni e Arnaldo Buede Sleimon. Tomou posse na função de Suplente de Corregedor-Geral em 04/1/1993 perante o Colendo Órgão Especial do Colégio de Procuradores. Em 1994, eleito Suplente de Corregedor-Geral do MP, declinou do cargo.

A inauguração do Ginásio Poliesportivo Paulo Angeli, complexo esportivo da sede campestre, ocorreu em 08 de outubro de 1995, na semana comemorativa ao 55º aniversário da AMPRS, ao tempo da Diretoria Social dirigida por Antônio Carlos Paiva Hornung.