Depois de 11 horas de julgamento, o Conselho de Sentença decidiu na noite desta quarta-feira (02) pela condenação do ex-policial militar Heitor José Ávila acusado de matar o promotor de Justiça Marcelo Dario Muñoz Küfner.  Os jurados rejeitaram as teses da defesa de homicídio privilegiado e homicídio simples, condenando o réu a 20 anos de reclusão.  A sessão ocorreu na 1ª Vara do Júri de Porto Alegre, presidida pelo juiz Luiz Felipe Paim Fernandes. O promotor Fabiano Dallazen foi o responsável pelos trabalhos do Ministério Público.

A acusação do MP no caso que ficou conhecido como “Küfner” iniciou às 14h. Primeiramente, o promotor de Justiça referiu aos jurados palavras de familiares, conhecidos e colegas de Marcelo para pontuar sua personalidade. Em seguida, Dallazen apresentou o currículo do ex-PM que matou o promotor recém chegado na cidade de Santa Rosa para mostrar ao corpo de jurados o seu perfil violento e dizer que “a vítima foi executada friamente”. O Ministério Público revelou, ainda, o diagnóstico de um laudo que evidencia a dificuldade de Heitor Ávila ao viver situações de tensão e de se relacionar com autoridades.

Promotores e procuradores de Justiça estiveram presentes no plenário durante todo o julgamento, entre eles o presidente da Associação do Ministério Público, Miguel Bandeira Pereira e o procurador-geral de Justiça, Mauro Renner.

Fotos: Mariângela Paz