O Departamento do Memorial Sérgio da Costa Franco, da Associação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (AMP/RS), publicou nesta semana mais uma edição da série que resgata homenagens prestadas a promotores e procuradores de Justiça com trajetórias marcantes no Ministério Público e em outras áreas, como literatura, nativismo, esportes e ações sociais.

Sylo Soares dá nome a um dos espaços de destaque na Sede Campestre da Associação. Localizado ao lado do salão nobre, o ambiente é amplo e versátil, frequentemente utilizado para confraternizações entre associados e eventos sociais. A versatilidade do local também o torna apropriado para atividades recreativas destinadas ao público infantil, como a instalação de brinquedos infláveis em datas comemorativas e programações especiais.

Com o apoio e colaboração dos associados, a série do Memorial é publicada periodicamente, com o objetivo de preservar a memória institucional e valorizar o legado daqueles que marcaram a história do Ministério Público do Rio Grande do Sul.

ESPAÇO SYLO SOARES

Natural de Bento Gonçalves, Sylo Soares nasceu em 17 de março de 1925.

Bacharelou-se em Direito pela UFRGS.

Ingressou no Ministério Público em 13 de agosto de 1956, classificando-se em Antônio Prado. Em 28 de março de 1957, removeu-se, a pedido, para Piratini. Atuou em Lagoa Vermelha (1958), Lajeado (1963), Guaporé (1964) e Bento Gonçalves (março/1964), Canoas (1965 - 1ª e 3ª Promotoria,  especialmente em júris). Promovido para a Capital em maio de 1971, classificou-se na Curadoria junto à Vara Cível, também 1º Juizado de Menores e Varas de Família. Foi assessor dos Procuradores-Gerais de Justiça José Sanfelice Neto e Paulo Olímpio Gomes de Souza.  Procurador de Justiça, teve atuação no Tribunal de Justiça. 

Ao trabalhar na colônia italiana, notabilizou-se por contrariar uma tradição italiana de destinar às filhas mulheres enxoval como herança, enquanto os filhos varões recebiam bem imóvel, após renúncia em Cartório das herdeiras do sexo feminino. “Foi um trabalho social importante que fiz em defesa da mulher”, salientou em entrevista que concedeu ao Projeto Memória do MP, em 23/8/2000.   

Após ingressar no MP, foi vereador em Bento Gonçalves, passando para cargo suplementar, o que era autorizado por lei. Após deixar a vereança, retornou à Instituição, indo para Canoas.

Professor das Faculdades de Direito da PUC-RS e UNISINOS.

Com intensa vida associativa, foi o primeiro Vice-Presidente dos Aposentados na AMPRS. Bom no teclado, abrilhantava os associados nas ocasiões festivas. 

Aposentou-se em 22 de julho de 1980.

Crédito: Sylo Soares / Arquivo pessoal